“Tranquei meu coração a sete chaves e nunca mais permiti que ninguém se aproximasse por morrer de medo de sofrer. Passei mais de uma década incapaz de confiar em outra pessoa. Construí uma muralha que me manteve segura por todo esse tempo.”
Envolvente, emocionante e arrebatador. Esses são os três adjetivos que resumem com plenitude a obra Dilacerada.
Reviver os traumas do passado de Vivian através de suas sessões de terapia não foi apenas um artifício inovador para narrar sua trajetória. É uma jornada sensacional e que conquista o leitor. A princípio, de maneira tímida, mas por fim, de modo concreto e irremediável.
Conforme a protagonista abre seu passado e seu coração, conhecemos suas feridas, reconhecemos seus sentimentos e entendemos suas marcas. Emocionais e físicas.
Os conturbados acontecimentos de sua adolescência, suas tragédias pessoais e como eles contribuíram para o seu desenvolvimento até a vida adulta, se entrelaçam de forma sublime e fazem a atração do leitor pela estória se tornar irresistível.
A paixão nascida na adolescência, e por vários anos adormecida, retorna e traz consigo revelações intermináveis e inimagináveis sobre o passado da protagonista e de sua família.
A autora entrega emoção, humor e atrevimento nas medidas e lugares certos na narrativa, proporcionando uma leitura dinâmica, divertida, profunda e terna. E nos deixa como lição a grande verdade que finais felizes não são perfeitos. Eles são como a vida: reais e complicados, mas cheios de possibilidades e esperança.
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AVIDEZ LITERÁRIA 